(Douglas Germano e Everaldo F. Silva)
É bala em vez de chibatada
Mandado em lugar de feitor
Emoldurando a senzala
A casa grande se enfeitou
Além de fazenda a fachada
À banca o poder se aliou
Modernizando a curriola
Integrando ao luxo o traidor
Pensando que quem está de fora
Desconhece a luta e o destemor
Notícia ocultando a corja
No rádio e televisor
Realidade imaginária
Eternizando em show o horror
Versão negando o pau-de-arara
Desdém por quem de nós tombou
Mas hoje ocupando a praça
Sem juiz, censor ou editor
Valendo mais que mera errata
A gente desmascara convertido e enganador
Pára de mentir, canalha
Para admitir a “Falha”
Pára de omitir que a dita foi dura demais
Pára de fingir que é justa
Pára de fugir do Ulstra
Para difundir a farsa impressa nos jornais