(Fábio Goulart e Maurinho de Jesus)
E após fartos gritos a boca se cala
Com zunir da bala que o alvo atingiu
Foram os malditos, com armas em riste
Na cena mais triste que o olho já viu
Como não bastasse, indignidade,
Cruzou a cidade “rastada” no chão
É a negra face, vexada, pra vala
Deixando a senzala voltou pro porão
Em dias de guerra é assim
Desde o fim da escravidão
E após fartos gritos a boca se cala
Com zunir da bala que o alvo atingiu
Foram os malditos, com armas em riste
Na cena mais triste que o olho já viu
Ceifando outra vida, rasgando outro peito,
Mudando outra sorte, é sempre suspeito
Se corre é bandido, se fica é finado
Correndo ou caído já nasceu julgado
Em dias de guerra é assim
Desde o fim da escravidão
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