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Cia. Estudo de Cena compondo o Cordão também!

Ópera do Bom Burguês

Burguês:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?
Afinal, todos querem um aumento!

Burguês e empregada:
A sociedade é como esta receita
O povo, farinha do mesmo saco,
Precisa do fermento, o rico, sem suspeita
E não me encha o saco!

Empregada e burguês:
Não devemos mais lutar
Esqueçam nossa posição oposta
Todos terão lugar
Nesta mesa posta.

Coro dos trabalhadores:
Mas quem lava os pratos?
Quem tem fome de pão?

Burguês – citado:
Um outro mundo é possível!
Não perca a esperança
Sem a tempestade terrível
A corda não balança.

Burguês:
Fóruns, conselhos
Debates, pentelhos
Tudo para ouvir o pobre diabo
Tudo para ouvir o diabo do pobre

Empregada:
Vamos conversar
Para nada alterar
Um pacto social
Um ato inaugural
Burguês e empregada:
Para o rico triunfar!

Empregada – citado:
Negociar é um grande negócio para a humanidade
Andaremos na corda bamba com tranquilidade.

Coro dos trabalhadores:
Somos contorcionistas do presente, não temos coisa melhor
Se o corpo trava de antemão
Nossa bunda leva a pior
E o diabo amassa o pão.
(Passa a mão)

Burguês e empregada:
Ao final da corda, um acordo.
O pulo mortal para o reino das maravilhas
Seu corpo amortecido por mil mercadorias
Ao final da corda, um acordo.

Coro dos trabalhadores:
Ô da corda, ACORDA!
Este acordo enforca.

Somos pessoas em liquidação
Não é permitida a devolução .

O da corda, DISCORDA!
Este acordo enforca.

Burguês e empregada:
Entenda cidadão.
Se a farinha não se misturar com o fermento
Como se faz para crescer o pão?

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Mas o que é isso?!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu sou amigo da minha empregada!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Eu vou chamar chamar a polícia!

Coro dos trabalhadores e empregada:
Temos uma solução para este assunto
O bom burguês
é um burguês defunto!

Burguês:
Será que se morre de susto antes da queda?
Esfomeado:
Boa idéia! Pão com presunto!
Criança:
Hum! Que delícia!

companhiaestudodecena.com.br

“Quem torturou o Zé?” – Nova música

Quem torturou o Zé?
(Zé e Catarina)

Quem torturou o zé?
Foi os gambé foi os gambé!
Quem perseguiu o Zico?
Foi os milico foi os milico!

O que restou da ditadura no brasil?
É quase tudo até o fuzil!
O empresário e a mídia encobriu?
Uma mentira lá em abril!
E se a verdade agora deve ser contada
O bom é ir pra rua e lembrar dos camarada
No meio do cordão a mentira é escancarada
Que a democratura é marmelada !

Quem torturou o zé?
Foi os gambé foi os gambé!
Quem perseguiu o Zico?
Foi os milico foi os milico!

“Frevo da Falha” – Vídeo do primeiro ensaio

Próximo ensaio marcado para o dia 24 de Março, 15h30min, no Bar do Raí (esquina da R. Gen. Jardim com R. Dr. Vila Nova – Vila Buarque)
Evento no Facebook
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Frevo da “Falha”
(Cuca e Everaldo)

É bala em vez de chibatada
Mandado em lugar de feitor
Emoldurando a senzala
A casa grande se enfeitou

Além de fazenda a fachada
À banca o poder se aliou
Modernizando a curriola
Integrando ao luxo o traidor
Pensando que quem está de fora
Desconhece a luta e o destemor

Notícia ocultando a corja
No rádio e televisor
Realidade imaginária
Eternizando em show o horror

Versão negando o pau-de-arara
Desdém por quem de nós tombou

Mas hoje ocupando a praça
Sem juiz, censor ou editor
Valendo mais que mera errata
A gente desmascara convertido e enganador

Pára de mentir, canalha
Para admitir a “Falha”
Pára de omitir que a dita foi dura demais

Pára de fingir que é justa
Pára de fugir do Ulstra
Para difundir a farsa impressa nos jornais