Batalha final d’um bravo brigante

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(Serginho Poeta/Everaldo F. Silva/Selito SD)

Nos metros a frente a fria coluna
Por entre os escudos eu vejo uma fresta
E sigo em frente, pois pouco me resta
Sou só uma peça na grande comuna
Reúna seus homens, reúna, reúna…
Novos dias me acenam do lado de lá
Pouco me resta, já não tenho sono
Já não tenho medo, já não tenho dono
Só tenho a vontade de continuar
Com sangue no rosto e brilho no olhar.
Comuna e coluna postadas bem perto
Lá da barricada já fiz o que pude
Com tripa de mico e bolinha de gude
Por entre os escudos achei descoberto
Grosso supercilio que deixei aberto
Montado em exemplo de gente da gente
Não mais me abala a mais cruel cena
Nem mais uma bala fará com qu’eu tema
Seja de borracha, seja chumbo quente…
Por entre os escudos eu miro um temente
Vou partir pra riba, no saci virado
Vou partir na fé de meu santo e meu povo
Se eu cair… Levanto e me atraco de novo
Vou pela quebrada, vou “quilombolado
Por entre os escudos… Zumbi do meu lado.
Se eu cair… Levanto e me atraco de novo

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